Endless Summer!
Vivendo o verão sem fim

El Camino de Buenos Aires

escudo de buenos aires

O papo é reto, minha gente: estou indo para Buenos Aires no início de outubro.

Vou trabalhar em uma empresa de tradução de lá, a LatinLingua.

Passarei por um período de treinamento e adaptação de uns 2 ou 3 meses, e depois saberei qual será meu destino (efetivamento, demissão sumária, desistência, sei lá).

Porém, a julgar pelas avaliações que fiz durante a seleção, o mais provável é que eu fique por lá mesmo, e por um bom tempo.

Tudo começou quando Talita me passou o contato de Ignacio, amigo dela e diretor da empresa em questão, que estava selecionando tradutores de inglês-português-inglês para trabalhar no escritório de Buenos Aires. Estando eu à deriva desde o fim do mestrado, fiz o contato com Ignacio, sem maiores pretensões. Para minha surpresa, a interação foi muito bacana e, depois de ser avaliado e entrevistado por telefone por Ignacio e Vanina (um casal muito massa, por sinal), fui convocado para o posto.

[Um conselho pra vocês, crianças: mantenham contato com seus/suas ex. Nunca se sabe se um dia – por circunstâncias advindas de karma, afeto ou puro acaso – uma delas vai aparecer com alguma surpresa dessas para o lado de vocês. Pago seus 5 cents quando te encontrar, Lucy]

Em breve meus futuros chefes me enviarão minha passagem de ida para Buenos Aires. Talvez a ficha caia na real quando isso acontecer – o mais provável é que só caia quando eu aterrissar lá, em uma cidade que não conheço (já ouvi falar bem pra caralho), com uma língua que não falo (massa, é espanhol, mas não falo porra nenhuma de nada). Essa ansiedade que precede o mergulho no desconhecido me é conhecida: senti o mesmo quando fui para Dublin em 2006. Tinha 25 anos, recém-saído da graduação, garotinho juvenil querendo conhecer o Velho Mundo. Tenho 28 anos hoje, recém-saído de um mestrado louco e, bem, aprendi um truque ou dois de lá para cá, e agora parto para conhecer o Novo Mundo para além das fronteiras desse Brasil varonil. Interessante como a vida parece se mover em ciclos, não? Em momentos assim sempre lembro de meu pai me dizendo que “o acaso não existe.” Tudo acontece por um motivo, e ‘acaso’ é apenas o nome que damos aos padrões que não conseguimos reconhecer. Mas eu digresso…

Minha cabeça anda girando com tudo isso (não, não estou bêbado, seus sacanas). Tenho pensado e sentido mil coisas, e esse turbilhão vai se intensificar a cada dia que me separa da fatídica data de partida no início de outubro. Se Deus existisse, ou antes, se eu acreditasse Nele, eu faria como Cazuza e Cássia Eller e pediria um pouco de malandragem, porque o bagulho é frenético, mô pai, e tudo indica que vai ficar ainda mais.

Deixe vir o que me aguarda…

VAI RIQUEEEELME!

15 Respostas to “El Camino de Buenos Aires”

  1. Concordo contigo quanto aos feitos do “acaso”, meu caro barão. E bicho, os roteiristas querem dar uma reviravolta pro seu personagem na série, é isso cara. Você vai acordar no pós tudo 2 dias após ter partido pra Buenos Aires, achando que estava fora há 3 anos, mas pra realidade daqui da província só terão se passado dois dias. DOIS DIAS! hehe

    PÓS TUDO PLACE, a série, lamenta a ausência deste grande personagem que contribuiu bastante pra audiência das últimas temporadas!

    Só sei de uma:

    – Jack ir embora significa despedida com cachaça insana.

  2. anrram. cachaça INSANA.

  3. Resumindo o eu disse no primeiro post…. O mundo é pequeno demais pra gente ficar sentado no mesmo lugar!

    Tomei um susto quando recebi a noticia, mais porque nao esperei isso! Mas que bom!

    Nem esquente sua cabeca com o espanhol… da pra entender sem problemas! Eles também nos entendem, so gostam de fazer cu doce dizendo que nao!
    Ganhe muito dinheiro, fique rico e venha me visitar uma vez por ano :oD

  4. Man. Que notícia boa da zorra.

    Você vai fazer falta mas mande ver porque na moral, nada melhor do que buenos i nuevos aires nessa vida.

  5. Minduim!

    Eu adorei a notícia! Tenho que lhe confessar que foi tudo uma grande jogada para trazer vc para mais perto de mim. Duvide da minha competência! Reveillon em BSA, me aguarde!! 😛

    Ah! Eu não sou sua ex. Não é esse o posto que me cabe na sua vida, um dia vc se dará conta disso. 🙂

    Hasta pronto!

  6. Porra, Jaca, que massa! QUE MASSA!
    As novas aventuras de Bruno/ Jack na terra dos boludos!
    Quando chegar lá me envia um alfajor, sim? Ou dois. ^^

    P.S.: Pena que não terei mais um colega nas terras ermas da Amazônia legal. Damn.

  7. Alea jacta est.

  8. Man, vc vai fazer falta, mas pelo menos vc não etá indo pro outro lado do Atlântico dessa vez…

    Se arrume logo lá que eu quero conhecer a Boludia! Pra lá eu posso pagar a passagem!

  9. isso me faz lembrar das forças naturais. que não adianta lutarmos por lutas que não são nossas. que o que nos cabe e o que amamos é o que virá até nós, de uma forma ou de outra – desde que não fiquemos passivos, ou lutando a luta dos outros (cegos). acho que você, mesmo sendo errante como é, conseguiu achar aquele caminho ainda não trilhado de que fala o Robert Frost em “The road not taken”. É um belo prêmio – o desconhecido selvagem – para um lobo curioso e bom como você.

    parabéns por querer o caminho ainda não trilhado, meu rapaz.

    amor,

    c.

  10. 1. The Road Not Taken – Robert Frost (1874–1963). Mountain Interval. 1920.

    TWO roads diverged in a yellow wood,
    And sorry I could not travel both
    And be one traveler, long I stood
    And looked down one as far as I could
    To where it bent in the undergrowth; 5

    Then took the other, as just as fair,
    And having perhaps the better claim,
    Because it was grassy and wanted wear;
    Though as for that the passing there
    Had worn them really about the same, 10

    And both that morning equally lay
    In leaves no step had trodden black.
    Oh, I kept the first for another day!
    Yet knowing how way leads on to way,
    I doubted if I should ever come back. 15

    I shall be telling this with a sigh
    Somewhere ages and ages hence:
    Two roads diverged in a wood, and I—
    I took the one less traveled by,
    And that has made all the difference. 20

  11. ps: acho que seu mestrado foi uma grande lição, que vai servir pra vida inteira. especialmente por você ter tido a oportunidade de ser orientado por quem foi. tem muita gente querendo, saiba disso. falando assim, você invalida o trabalho dos dois e isso, definitivamente, não é justo. mas…cada um sabe de si, né não?

    • “Louco” não quer dizer de maneira alguma que foi ruim, miag. Foi um aprendizado enorme, e sou imensamente grato por isso – porém, como muitas lições, foi dificil e doloroso em diversos momentos.

  12. U know what? SE JOGUE!!!

    Não há nada mais revigorante do que MUDANÇAS. E Buenos Aires, linda do jeito que é, torna a morada ainda mais prazeirosa. Tire várias fotos, mergulhe no espanhol e na história da cidade, queira fazer parte daquilo tudo. E os frutos? Histórias, vivências, um novo olhar sobre tudo. Bem, o que estou lhe dizendo agora provavelmente vc já sabe, estou apenas te relembrando e querendo te deixar COM UM PUTA TESÃO por estar embarcando para terras argentinas!

    Me aguarde! Vou começar minhas trips internacionales e vou lá te visitar! VAMOS COMBINAR ESSA TRIP PRA PATAGÔNIA!!! \o/

    Grande abraço e CHEERS!

  13. *prazeirosa não, Wagner. PRAZEROSA (LOOOOOOOOOOL)

  14. “O bagulho é frenético mesmo e por isso esse grande turbilhão.
    Nossas vidas são feitas de escolhas, e a sua escolha do momento é viver essa nova experiência. Que massa!!!! Estou muuuuuuuuuito feliz por você, Jack querido!
    Sucesso e sabedoria sempre.
    Um beijo grande.


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